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Pix x cartão de crédito: quem leva a melhor?

Por Nathan Marion, gerente geral da Yuno*

Autor: Yuno

Com um recorde recente de 200 milhões de transações em um único dia, o Pix só vem crescendo no Brasil. Informações vindas do Banco Central mostram que o uso da plataforma aumentou mais de 70% no último ano, o que representa uma cifra de R$ 17,18 trilhões movimentados. Contudo, um outro método de pagamento de igual destaque no país é o cartão de crédito. De acordo com a Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs), o método apresentou mais de 17 bilhões de operações em 2023, o equivalente a aproximadamente R$ 2,4 trilhões.

Dessa maneira, o mercado vem especulando se o Pix de fato tomará o mercado e se tornará a opção de pagamento mais popular do país. Um estudo realizado pela Ebanx aponta que a ferramenta deve empatar com o cartão de crédito como a opção mais escolhida no comércio eletrônico em até dois anos. Contudo, um levantamento da Confi.Neotrust, mostra o cartão de crédito como a principal opção no e-commerce atualmente, com mais de 55% de utilização em 2023. No entanto, vale destacar que a pesquisa mostra o Pix como a número dois do pódio (26%), sendo a única que cresceu durante o ano.

O fato é que realmente o Pix trouxe maior comodidade em todos os sentidos para as transações nacionais. Isso porque o método não cobra nada dos usuários e tem tarifas muito amigáveis para os comerciantes. Além disso, a ferramenta é capaz de trazer para o mercado pessoas que até então não tinham familiaridade com transações. De acordo com o Banco Central, a plataforma contribuiu para a inclusão financeira de mais de 71 milhões de brasileiros. Para termos uma ideia, estados com menos agências bancárias físicas são os que mais utilizam o Pix.

No entanto, não dá para descartarmos a força que o cartão de crédito tem. No Brasil mesmo, a compra parcelada faz parte da nossa cultura. Um estudo da Opinion Box reforça isso, com 46% dos consumidores dizendo que parcelam sempre que têm oportunidade. Outra utilização em massa desse método é em pagamentos recorrentes, como serviços de streaming, mensalidades escolares e também academia.

Além disso, podemos dizer que o cartão de crédito é mais seguro na hora de recuperar o dinheiro em uma transação errada. Isso porque caso o usuário cometa um equívoco ou o produto que ele adquiriu fique indisponível por algum motivo, ele é capaz de reaver a importância paga tanto com os bancos quanto com as bandeiras. Por outro lado, caso a opção tenha sido o Pix, o dinheiro não volta mais.

Contudo, o Pix já vem anunciando funcionalidades parecidas com as do cartão de crédito, mas em condições melhores. Para quem gosta de fazer aquisições em diversas vezes, mas está sem limite no banco ou então não quer arcar com anuidades, já existe o Pix Parcelado. Em 2022, dados da Boa Vista apontaram que 13% de todas as compras parceladas foram por meio dessa categoria. Além disso, o Banco Central anunciou para o final do ano o lançamento do Pix Automático, uma espécie de débito em conta que facilita principalmente os pagamentos recorrentes, pois não precisa de autorização e nem validação de dados em cada operação.

Podemos então concluir que os dois métodos de pagamento seguem fortes e possuem espaço no cenário de e-commerce atual. Por atenderem públicos de diferentes realidades em condições que também mudam bastante, a presença de ambos é necessária para poder abranger a todos. Dessa forma, o varejista que optar por essas opções em sua plataforma sempre vai perceber o quão elas são relevantes para o seu público. Por mais que o Pix tenha tirado custo e promovido mais agilidade e flexibilidade para os players, o cartão de crédito também tem o seu mercado e continuará sendo importante para o comércio por bastante tempo.

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