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66% das exportadoras do País sofrem com a crise, diz CNI

Pesquisa realizada com 1.307 indústrias aponta preocupação das empresas com redução da demanda estrangeira.

 

Agência Estado

Uma pesquisa com 1.307 indústrias realizada em abril pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) revelou preocupação das empresas com a redução da demanda no comércio exterior. Segundo o gerente de Unidade de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco, a sondagem confirmou a avaliação anterior da entidade de que "o efeito mais perverso da crise econômica no Brasil ocorrerá sobre as nossas exportações".

De acordo com a pesquisa, 54% das empresas industriais ouvidas usam matérias-primas ou insumos importados. A última sondagem feita pela CNI que tinha pergunta semelhante aos entrevistados ocorreu em 2005 e, naquele ano, o porcentual de empresas que responderam positivamente foi 39%. Na análise da CNI, a valorização do real ocorrida no período de 2005 a 2008 estimulou a substituição de matérias-primas domésticas por importadas.

A pesquisa ouviu empresas de pequeno, médio e grande porte e identificou que nem todas eram exportadoras, explicou Castelo Branco. Entre as empresas exportadoras, entretanto, 66% delas responderam que foram afetadas pela crise financeira internacional e tiveram que alterar suas estratégias de exportações. O porcentual de empresas afetadas pela crise aumenta de acordo com o porte: entre as de grande porte, 78% responderam que a crise afetou suas estratégias de vendas externas e entre as pequenas empresas, 57%.

Por setores, os que tiveram mais empresas respondendo terem sido afetadas foram o de veículos automotores (com 92% de respostas positivas à pergunta), madeira (90%) e máquinas e equipamentos (86%)

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